POMBOS
Vítimas habituais de viroses e outras moléstias, como a ornitose e a doença de Newcastle, os membros dessa família são hospedeiros de parasitas em sua plumagem. Entre eles se distingue a mosca-do-pombo (Pseudolynchia canariensis) transmissora do hematozoário Hemoproteus columbae.
Espécime de pombo macho.
Sua presença pode ser considerada um problema ambiental, pois compete por alimento com as espécies nativas, danifica monumentos com suas fezes e pode transmitir doenças ao homem. Até recentemente 57 doenças eram catalogadas como transmitidas pelos pombos, tais como: histoplasmose, salmonella, criptococose[8]. Mas atualmente vê-se como exagero esta atribuição de vetor de doenças[6]: como exemplo, o Departamento de Saúde de Nova Iorque não tem nenhum registro de caso de doença transmitida por pombos a seres humanos.[9]
Contudo, é salutar que algumas recomendações sejam seguidas a fim de se evitar a aquisição de zoonoses provenientes de aves, bem como diminuir o risco de contaminação por parte das aves domésticas[10]:
- Na limpeza de forros, calhas ou qualquer outro local que apresente fezes de pássaros, restos de ninhos ou penas, utilizar luvas e uma máscara.
- Jamais remover a sujeira a seco, deve-se sempre adotar um meio de umedecê-la antes, para evitar a inalação de poeira contaminada.
- Proteger os alimentos e rações animais do acesso das aves.
- evitar que pombos da rua tenham contato com animais domésticos, sobretudo outras aves e gatos.
MORCEGOS
Ainda que o perigo de transmissão de raiva se resuma aos locais onde essa doença éendêmica, dos poucos casos relatados anualmente em algumas localidades, a maioria é causada por mordidas de morcegos. Porém, na maioria dos lugares, especialmente nas cidades, os principais transmissores da raiva ainda são cães e gatos[34]. Embora a maioria dos morcegos não tenha raiva, os que têm podem ficar pesados, desorientados, incapazes de voar, o que torna mais provável que entrem em contato com seres humanos. Outras mudanças no comportamento do morcego contaminado são atividade alimentar diurna, hiperexcitabilidade, agressividade, tremores, falta de coordenação dos movimentos, contrações musculares e paralisia, seguida de óbito. O maior problema relacionado à raiva transmitida por morcegos são as mortes de animais de criação, principalmente bois[34]. Os principais morcegos transmissores de raiva são da subfamília Desmodontinae (família Phyllostomidae), os famosos morcegos vampiros, porém morcegos de outros tipos também podem se contaminar e transmitir a doença[34].